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Caros amigos, como já exposto em inúmeras oportunidades, quando se fala na retomada econômica do País, uma das grandes preocupações recai, entre tantos outros fatores, sobre necessidade de controle da inflação. Vale lembrar que no ano passado o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechou o ano em 10,06%, percentual muito acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
Pois bem, agora com a guerra travada entre a Rússia e Ucrânia o sinal vermelho, no tocante a inflação, ficou vermelho de vez na medida em que o referido conflito pode provocar impacto direto no preço das “commodities”, a exemplo do que já aconteceu com o preço dos combustíveis diante do aumento do petróleo no mercado internacional. Embora seja evidente, é bem lembrar que o aumento no preço das “commodities” tende a ser repassado ao consumidor final que, inevitavelmente, vai sentir ainda mais o aumento dos produtos nas prateleiras do supermercado.
A questão agora é entender quais os mecanismos que o Brasil vai adotar para tentar controlar essa possível escalada da inflação, sendo que o mais usual, e esperado, é novamente um aumento da Taxa Selic, a qual influencia diretamente a taxa de juros cobrada no mercado. De forma bastante simplista, é possível afirmar que quanto maior a alta a taxa de juros no mercado (Selic) menor é o consumo da população. Contudo, quando menor o consumo da população, menor o crescimento econômico do País.
Assim, embora o cenário seja de incertezas, precisamos ficar atentos aos novos desdobramentos, seja do mercado interno como externo, pois sabemos que é preciso “aquecer” a economia do País que já vem cambaleado após os fortes impactos causado pela pandemia do Coronavírus.