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Caros amigos, algumas pessoas me perguntaram se fiquei feliz com a condenação do Lula. Respondo: Não, é óbvio que não. Na verdade, eu fiquei é triste e decepcionado com tudo isso, afinal não é nada agradável ver um ex-presidente da República ser condenado por um Tribunal Federal.
A questão que me deixa incomodado (não sei se é bem essa palavra) neste episódio da condenação do Lula é que precisamos (pelo menos alguns) parar de tratar alguns políticos como se fossem Deuses do Olimpo, intocáveis nas suas ações e acima da lei dos “homens”. Cada um com suas fantasias, mas me atrevo a afirmar que políticos são seres mortais como todos nós, e como tal, estão inseridos na organização política/social instituída pela Constituição Federal, portanto, submetidos ao Poder Judiciário quando necessário.
Todos nós sabemos que a condenação do Lula, ou mesmo a Operação Lava Jato, não resolverá o problema da corrupção no Brasil, é preciso avançar, e muito ainda. Contudo, não dá mais para dar crédito ao discurso de que estamos diante de uma grande conspiração Nacional e que tudo é fruto de uma emissora de televisão e de alguns integrantes da “elite”.
Ora, Lula fez muita coisa pelo Brasil sim! Tenho certeza que ele assumiu o cargo máximo da Nação com a melhor das intenções. Contudo, se o mesmo cometeu erros (e todos nós podemos cometer), ele tem que responder pelos seus atos. Aliás, a vida de todos nós é assim, se formos acusados de algum crime, poderemos responder a um processo penal de onde poderemos “sair” culpados ou inocentes. Essa é a realidade de todo Brasileiro, é assim que a vida funciona aqui fora. Fora do Olimpo.
Por fim, não acredito que o Brasil precise de uma divindade, ou de um Deus do Olimpo para avançar. Precisamos sim é de políticos (independente do partido) honestos, capacitados e comprometidos com o voto de confiança que a sociedade lhes confere (toda sociedade, e não só parte dela).
Vivemos em um país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza. O que nos falta, salvo melhor juízo, é apenas um pouco de maturidade, em especial quando o assunto é o trato com a coisa pública.
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