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Quando vimos alguns resultados da operação LAVA-JATO deu-nos a impressão de que, pelo menos por um tempo, não haveria novos atos de corrupção envolvendo grandes quantidades de dinheiro e até, pequenas quantidades. Acreditávamos que com toda a repercussão dos delitos encontrados poderiam, aquelas pessoas que sonham com muito dinheiro, “dar um tempo” para a situação, e deixarem as coisas correrem para o esquecimento e depois então, iniciarem o ciclo de gastos no exterior, preferencialmente, com a condição de viverem como nababos.
A ganância, entretanto, não lhes permitiu tais momentos de espera. A doença pela posse de mais dinheiro sempre quis mais e mais. Virou vício. Como esses valores não poderiam aparecer de imediato, houve a consciência de que para utilizar todo o dinheiro arrecadado por essas benesses deveriam, seus donos, informar a origem de todo o dinheiro e, preferencialmente, de forma que não os onerassem com impostos. Aí ficava evidente de que havia alguma fraude.
Esses valores começaram então a circular em malas, mochilas e sacos plásticos e caixas de papelão, por todos os lados acabando depois por serem gastos com um único intuito: defender seus interesses físicos, até porque não poderiam fazer todo o recurso aparecer financeiramente em nenhum Banco. Só nesses últimos sessenta dias, entre os casos Geddel e Loures, dois assessores diretos de Temer, apareceram em malas e bunkers nada mais nada menos do que cinquenta
e um milhões e quinhentos mil Reais.
Tanto o dinheiro da mala, como o dinheiro do Bunker são dinheiro emitido e que normalmente contribuem para o aumento da inflação. Quando o dinheiro emitido vai para o mercado, normalmente gera empregos, salários, consumo, impostos, criando então uma corrente de desenvolvimento.
Entretanto, quando esse dinheiro vai para um cofre, seja ele particular, público ou no setor bancário, torna-se um dinheiro que só gera inflação. É um dinheiro que não produz. Quando se tem uma quantidade de moeda circulando no país, indica que aquele montante chega para comprar tudo o que existe no país. Se emitir mais moeda, o valor de cada bem perde valor porque há mais dinheiro no mercado e é esse novo montante que comprará tudo o que existe no país.
Essas são Leis Básicas da economia.
Então, o absurdo que estamos assistindo nos mostra o porquê do nosso subdesenvolvimento. Algumas pessoas se valem do cargo que ocupam para se locupletarem com enormes quantias de dinheiro a ponto de esconderem suas cédulas representativas por ser impossível movimentá-las. Imaginem, por exemplo, Quantas vezes poderia ser duplicada a BR 116 entre Porto Alegre e Rio Grande, ou quantas vezes poderia ser feita a duplicação da RS 122 entre São Vendelino e Farroupilha, ou mesmo quantas outras obras poderiam ser feitas só com esses 51 milhões se gastos com honestidade. Mais, quantos empregos seriam criados para essas construções, quantas lojas para vender alimentos, roupas e materiais de construção, eletrodomésticos, móveis,.........., E nós colocamos esses salafrários lá. Isso que causa grande ira na população.
Como eu gostaria que a Rede Globo de Comunicações assumisse o movimento de limpeza deste nosso Brasil...., Gostaria mesmo.
A doença pela posse de mais dinheiro sempre quis mais e mais. Virou vÃcio