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O que está crescendo são as críticas, não a economia

Chegou o outubro e a situação dos funcionários públicos vinculados ao Executivo no Rio Grande do Sul não melhorou nenhum pouco. Aliás, piorou. Quem acreditou nas promessas do governador Eduardo Leite de que até o final deste ano os proventos de professores e policiais voltassem a ser pagos no último dia do mês, começa a perceber que nada passou de promessas, mais uma vez, eleitoreiras.
Verdadeiramente, a situação do Rio Grande do Sul é desoladora. Como não consegue sequer vender ativos, como as ações do Banrisul, porque o mercado brasileiro está em baixa, ao contrário do que afirma o Senhor Ministro da Economia, a folha dos funcionários deve iniciar a ser paga apenas em 15 de outubro, dia do professor, para quem recebe até R$ 2.500 mensais. Para quem ganha mais de R$ 3.300 deverá receber seus proventos apenas a partir de 13 de novembro.
O problema maior é que a partir de novembro acumular-se-á aos proventos também o 13º salário.
Em 2018 e anos anteriores sempre houve o financiamento via Banrisul porque não havia caixa suficiente. Agora, com a situação ainda pior, não sabemos que medidas o governo tomará afim de aliviar um pouco a pressão do funcionalismo na sua gestão, já que estes estão já há seis anos sem qualquer atualização salarial.
Atitudes assim confirmam a tradição de não reeleição de governador no Rio Grande do Sul. Os novos governos, pela necessidade de manter “velhas raposas” nos cargos públicos, que são normalmente incapazes e incompetentes, deverá se manter. Eduardo Leite não será reeleito. Mais uma decepção dos eleitores massivos.
Na verdade, estamos vivendo a situação de uma estrebaria sem muitos cuidados com a higiene. Trocam-se as moscas, porém, o lodo, ou a “M” da incompetência política se mantém. Ninguém fala em redução da máquina pública e lá estão sempre os mesmos. O pior é que sabemos que se esses incompetentes saírem de lá, vão morar em favelas e isso, os “chefes” dificilmente permitirão que aconteça porque precisarão deles na próxima eleição e sabem que somos nós que pagamos a conta salarial dessa incompetência toda.
Na área da economia nacional não é muito diferente. Só que a estrebaria lá é muito maior. Às vezes, temos que estudar um pouco mais as palavras ditas pelos homens fortes do Governo Federal.
Não são poucas as vezes que esses governantes tentam nos enganar com conversa fiada, porém, basta olharmos para os lados para ver que não está aparecendo ninguém para fazer investimentos em novas fábricas, ou para investir na geração de novos empregos. E, se não vemos empresas novas chegando é porque a economia não está crescendo e, ainda, não é seguro investir aqui. O que vemos muito, isto sim, são críticas pelas políticas adotadas pelo governo brasileiro quanto à Amazônia e às terras indígenas.
Portanto, sei que ainda é cedo para criticar a política governamental atual, mas crescimento, só dos bancos já que a dívida interna do Brasil, nos últimos dois anos e meio, cresceu em quase um trilhão de reais, e já ultrapassamos o montante de quatro trilhões de reais, isto é, quase 70% do PIB nacional.

Renan Alberto Moroni

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