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O custo das conciliações dos setores para o crescimento

Quando tratamos de assuntos econômicos, sempre temos que conviver com grandes contradições, o que torna difícil a decisão dos governantes. Nos últimos dois anos, tanto para combater a inflação como para aumentar o número de empregos, a arma encontrada pelo governo não foi outra se não baixar a taxa de juros Selic.

Para o lado empreendedor na economia produtiva, foi uma atitude acertada por que a partir da redução dos juros os empresários voltaram a investir nas suas empresas, aumentando a produção e, em princípio, puderam também competir no mercado internacional exportando boa parte da produção o que tem favorecido até a balança de pagamentos brasileira, isto é: exportando mais do que importando deixa Brasil com um superávit comercial superior a 50 bilhões de dólares neste ano de 2017.

Entretanto, as taxas de juros mais baixas não são atrativas o que tem contribuído para que os investidores levem seus dólares para outros países onde o rendimento é maior ou é mais seguro, que é o que estamos enfrentando agora.
Mas afinal, o que é mais interessante para o país; empreendedores ou investidores?

No momento atual, certamente os empreendedores são mais importantes porque são só eles que geram empregos imediatos, maior circulação de renda internamente e em consequência maior arrecadação de impostos fazendo com que toda a economia se desenvolva.

Os investidores, de modo geral são os que têm dinheiro para emprestar e, normalmente compram títulos do tesouro nacional ou investem no mercado de ações afim de obterem lucro apenas aplicando em papéis neste caso geração de emprego quase zero.

Uma prova de que necessitamos mais de empreendedores no momento é que quem está abrindo mais vagas de empregos no momento são as indústrias. Após dois anos a indústria está novamente na vanguarda da geração de empregos.

Uma consequência do crescimento do emprego nas indústrias será o aumento do consumo que, por sua vez vai incentivar o comércio a contratar mais gente, e o setor de serviços. Assim, dentro de poucos anos, se não houver tata voracidade dos corruptos e corruptores, poderemos viver em condições de ordem e progresso. Porém, pensar assim é utópico porque historicamente o brasileiro sempre foi o povo do jeitinho.  Então, no final, de jeitinho em jeitinho abrir-se-ão novas brechas para esses aproveitadores que estão infiltrados nas grandes empresas e nas administrações públicas.

Mesmo assim, por paradoxal que pareça, que venham mais empreendedores e mais empregos. Esse é um custo que temos que enfrentar, isto é: Conciliar o setor financeiro e o setor produtivo para crescer.  Então, quando a economia estabilizar os investidores também voltarão, por que então, terão mais segurança para emprestar mesmo que com taxas de juros menores pois não correrão o risco de perda.

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Renan Alberto Moroni

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