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Depois de dez dias de férias onde o sol imperou, voltamos para o regime das chuvas e frio. Economicamente, nada mudou, a não ser que a cotação do Dólar tenha caído de R$ 4 para R$ 3,99. Porém, nessa semana de férias foi possível observar coisas interessantes.
Minas Gerais, por exemplo, vive da história. Visitamos Belo Horizonte, Ouro Preto, Tiradentes, Maquiné, Congonhas e passamos por outros lugares menores. A conservação dos prédios históricos é marcante. Em Ouro Preto, por exemplo, constata-se que realmente as igrejas foram adornadas com ouro em suas artes internas e que é muito interessante ver a forma que o ouro foi aplicado sobre as molduras.
O que conta a história a respeito da “compra de graças” pelos seus construtores está na boca dos guias turísticos. Porém, é preciso ir lá e ouví-las para gerar uma opinião. Uma coisa fica clara e isso serve para as pessoas que professam qualquer seita religiosa: a gente não visita para professar a fé, a gente visita para conhecer a arte empregada naqueles locais.
Ouro Preto merece um tempo de, pelo menos, três dias muito puxados para conhecer todas as obras de arte lá existentes, bem como as antigas minas de exploração de ouro e prata. A gruta de Maquiné, ou cavernas, como queiram, com suas estalagmites e estalagtites mostram a arte que a natureza criou em muitos milhões de anos e merece ser visitada.
Congonhas nos premiou com as obras do Aleijadinho em pedra sabão, a abundância de esculturas nas capelas que representam a paixão e morte de Cristo e parte interna da igreja, também merece um dia de visitas pela arte exposta. Por fim, Tiradentes, uma cidade pequena de não mais de cinco mil habitantes que também apresenta obras de artes. Foi criada como homenagem ao mártir da independência.
Todas elas representam a história do período iniciado nos anos 1700 até o início do século 20. Eu, particularmente, gostei do que vi, mas, não moraria em nenhum desses lugares.
Na segunda etapa da viagem, visitamos o Espírito Santo. Sua capital com pouco mais de 350 mil habitantes é uma ilha e, se tem tantos habitantes está por conta de muitos aterros feitos roubando espaços do mar. Também tem uma parte da capital no continente, porém, não muito grande.
Quando a gente sai de Vitória, visita-se a cidade de Vila Velha, muito aconchegante e a cidade de Guarapari, com suas areias multicoloridas e medicinais é muito linda.
Vitória também nos mostra o convento da Penha, bem no pico de uma montanha que conta a história dos franciscanos a partir do século 18.
O Espírito Santo também foi colonizado por Alemães e Italianos, que forma a maioria da sua população. Mantém o folclore como temos aqui, pelo Rio Grande do Sul. Os produtos principais dessas comunidades são a produção de café, laticínios e flores.
Domingos Martins, colonizada por alemães, sedia o primeiro templo luterano construído em 1879 que continua recebendo fiéis e, Venda Nova dos Imigrantes, cidade colonizada de italianos com sobrenomes e modo de vida semelhantes aos nossos.
Foi uma bela viagem que aconselho fazerem.