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Aos poucos, a movimentação política vai tomando força no Brasil e nos estados. Esse movimento está fazendo, por outro lado, que muita coisa que deveria ser apreciada pelo Congresso, permaneça em “Banho Maria”. O que mais se tem observado é a força que os candidatos que concorrem à reeleição para o Congresso Nacional têm, pelo fato de dispor de mais recursos que os que pretendem a primeira eleição, graças aos recursos do Fundo Partidário, votado por eles mesmos buscando o autobenefício.
Alguns, entretanto, já estão mais ou menos em desespero por notarem que seus mandatos encerrarão mesmo no dia 31 de dezembro próximo, porquanto não conseguirão reeleger-se. O importante é termos consciência de que mesmo com a lava-jato em pleno andamento, a corrupção não perdeu espaço dentro do Brasil. O país do jeitinho, continua tendo quem dá um jeitinho de desviar dinheiro dos cofres públicos em benefício próprio ou de seu grupo.
Não passa uma semana sem que haja o indiciamento de algum parlamentar ou grupo de parlamentares envolvidos em alguma irregularidade buscando dinheiro fácil para seus bolsos advindo de recursos públicos.
Agora fica claro que Roberto Jefferson e sua quadrilha, formada por deputados federais ligados ao PTB do Rio de Janeiro, Paraíba, Goiás e São Paulo, além de deputado paulista do Solidariedade que há anos detinha em suas mãos o Ministério do Trabalho, manipulava a formação de sindicatos mediante propinas transferidas para suas contas particulares.
Mas, a corrupção não para por aí. Muito há que se descobrir ainda, até saber o porquê de o Senador Romero Jucá pedir licença da liderança do Governo no Senado Federal. Parece que não é só pela entrada de venezuelanos no Brasil pela fronteira com Roraima. Acho que tem muito a ver com sua terceira colocação nas pesquisas para reeleição ao Senado.
Mas, apesar de alguns congressistas estarem trocando a nação por seus Estados buscando manter-se com cargos eletivos, teremos ainda um alto nível de candidatos reeleitos. Francamente. Se isso ocorrer e não houver uma oxigenação no Congresso, não adianta mesmo campanhas como a “que Brasil que eu quero” e nem outra qualquer que busque instruir a população a não reeleger ninguém.
Continuaremos com as mesmas ideias avançando pelo Brasil, onde os ricos ficarão cada vez mais ricos e os pobres, cada vez mais pobres. Manter-se-ão as atuais formas de agir e continuaremos tendo, por exemplo, a bancada dos ruralistas cuja população (de ruralistas) não representa sequer 1% da população, com uma representação de 30% das cadeiras no Congresso Nacional.
Por outro lado, estamos assistindo diariamente entrevistas feitas aos candidatos pela Globo no Jornal Nacional. Antes de escrever a coluna havia assistido apenas dois candidatos. É interessante estar atento às propostas de cada um para fazermos nosso conceito sobre os candidatos. Sabemos que hoje os partidos não têm valor nenhum no conceito eleitoral e vemos isso pelas coligações de ajustamento feitos para tentar chegarem ao segundo turno.
Aos poucos, poderemos descobrir também quem a Globo quer em Brasília para manipular o governo ao seu bel prazer deixando a população a cada dia mais pobre, inculta e perdendo seus valores morais.
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